VEJA
O QUADRO DO NATAL
O
nascimento do menino
É
revelado amplamente
Por
anjos cantando o hino,
Que
mensagem surpreendente!
E
a estrela reluzente
Que
aos sábios do Oriente,
Conduz
com reais presentes:
Levam
ouro, incenso e mirra.
Os
escribas são descrentes.
Reconhecem
a profecia,
Mas
ela não é o seu guia,
Eles
são indiferentes,
Sofrem
forte letargia.
E
de Herodes e sua gente
Grande
ira se acirra.
Veja
o quadro bem completo:
Anjos,
magos e pastores,
Homens
nobres e doutores,
Uns
adoram humildemente
Outros
violentamente
Querem
destruir a vida
E
de maneira atrevida
Mostram
toda a sua birra.
Esta
cena é repetida
Cada
ano no Natal
Há
quem o ache tão banal,
Quer
a data destruída
E
a deturpa totalmente,
A
Jesus é indiferente
Dele
não faz caso não.
Outro
há que reverente,
Aproxima-se
encantado,
Vendo
o Verbo encarnado,
E
lhe dá alegremente,
Arrependido,
respeitoso,
O
presente mais valioso,
Todo
o seu coração.
Gilberto
Celeti
“Vos
trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos
nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos
servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em
manjedoura.” (Lucas 2:10-12)
“E,
vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo.” (Mateus 2:10)
“A alegria... é o gigantesco segredo
do cristão... A tremenda figura que enche os evangelhos ergue-se altaneira
nesse respeito como em todos os outros...
A compaixão dele era natural, quase
casual. Os estóicos, antigos e modernos, orgulhavam-se de ocultar as próprias
lágrimas. Ele nunca ocultou as suas; mostrou-as claramente no rosto aberto ante
qualquer visão do dia-a-dia, como a visão distante de sua cidade natal. No
entanto, alguma coisa ele ocultou.
Solenes super-homens e diplomatas
imperiais orgulham-se de conter a própria ira. Ele nunca a conteve. Arremessou móveis
pela escadaria frontal do Templo e perguntou aos homens como eles esperavam
escapar da danação do inferno. No entanto, alguma coisa ele ocultou. Digo-o com
reverência; havia naquela chocante personalidade um fio que deve ser chamado de
timidez.
Havia algo que ele encobria
constantemente por meio de um abrupto silêncio ou um súbito isolamento. Havia
uma certa coisa que era demasiado grande para Deus nos mostrar quando ele pisou
sobre esta nossa terra. Às vezes imagino que era a sua alegria.” (Gilbert Keit
Chesterton – final do livro Ortodoxia, publicado pela Editora Mundo Cristão)
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