
Em Betânia, numa ceia deleitável,
Dias antes de uma Páscoa memorável,
Desfrutando do bom Mestre, a companhia,
Estão Lázaro e as irmãs Marta e Maria…
Marta, sempre, era aquela que servia.
Lázaro ressuscitado. Que alegria!
E Maria, com um perfume inefável
Unge os pés de Cristo, um ato adorável.
Nesta hora – a casa toda perfumada,
Numa comunhão intensa, abençoada –
Há um tom deveras desarmonioso,
De um discípulo, ladrão e ambicioso,
Que impede de a alegria ser completa,
Pois na mente, sempre o mal é que arquiteta.
Diz que os pobres precisavam de ajuda;
Mas, com suas intenções, ninguém se iluda,
Pois amava-se a si mesmo, interesseiro,
Era um lobo disfarçado de cordeiro.
Diz do ato de Maria: “É um desperdício!”
Pra Jesus foi uma unção pra o sacrifício.
“Onde quer que o evangelho for pregado
Este ato de amor será lembrado.”
E o Judas entra, então, para a história
Como um homem traidor e vil escória.
Neste mundo, mesmo estando Cristo ausente,
Comunhão com o Pai e o Filho é excelente.
E desfrutam dela os que foram comprados
Pelo sangue do Cordeiro imaculado,
E que estando salvos e justificados,
Sabem que andam a cada instante perdoados,
Conhecendo a Palavra da verdade,
E crescendo cada dia em santidade.
Conscientes que pra isso ser possível
É preciso um coração irrepreensível,
Que confessa, quando peca, o seu pecado;
E se alegra por ficar purificado.
Sejam nossas reuniões como Betânias
Sem os Judas que provocam as cizânias;
Que o perfume dos que adoram a Cristo, o Amado,
Na união dos santos, seja apreciado!
Gilberto Celeti
“Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele tinha ressuscitado dentre os mortos” (João 12:1).
Nenhum comentário:
Postar um comentário