Insubjugável e violento,
De demônios sujos possuído,
Era o cemitério e ao relento,
Onde, pra viver, tinha escolhido.
Muitas vezes preso e amarrado
Com pesadas e fortes correntes,
Tudo era por ele arrebentado,
Contemplá-lo era deprimente.
Percorria o cemitério aos gritos,
E com pedras ia se ferindo,
Homem perturbado e aflito,
Dele todos viviam fugindo.
Mas quando Jesus entrou em cena
Veio ao seu encontro este possesso,
E Jesus ao espírito ordena:
“Sai deste homem, deixa este recesso!”
Não apenas um, mas legião
De demônios, todos temerosos
Que chegara já a condenação,
De aos porcos irem, desejosos.
Cristo atende logo este pedido
Permitindo que dessem entrada
Nos porcos, que sendo possuídos,
Caem no mar e afoga-se a manada.
Os porqueiros fogem assustados,
E anunciam o fato a toda gente,
Todos chegam e vêem admirados;
Tem juízo o que era antes demente.
Não querendo ter Jesus por perto,
Pedem que dali logo se afaste.
Quer seguir com Cristo o liberto,
Mas Jesus quer que ele o tempo gaste,
Comunicando em toda cidade,
Aos vizinhos e aos seus parentes,
Como dele Deus teve piedade,
Como o salvou e fez dele um crente.
Gilberto Celeti
Após leitura de Marcos 5.1-20
Olá Irmão Gilberto!
ResponderExcluirGosto muito das poesias que faz! É muito interessante ler relatos bíblicos em estrutura de poema. Esperamos vocês aqui em Cáceres.
Em Cristo,
Débora