O GETSÊMANI E A ORAÇÃO

 

Cristo Jesus, Tua grande angústia no Jardim
Do Getsêmani é um exemplo para mim,
Quando afastou-se dos discípulos queridos,
Pra que somente pelo Pai Tu foste ouvido.

Sim, preciosa é a oração junto a um irmão,
Mas tempos há em que é importante a solidão;
A sós com Deus, e de maneira resoluta,
Fazer a oração que apenas Deus escuta.

Eu vi também, lá no jardim, Tua humildade,
Rosto no chão, ajoelhado, sem alarde,
Nada exigindo ou até reivindicando.
Quero também assim, humilde, estar orando.

Que precioso ver em Ti perseverança!
Não desististe logo na primeira instância.
Preciso ser na oração mais persistente,
Ajuda-me pra que eu não seja negligente.

Tal como um filho fala ao pai, ali oraste,
E para mim tal posição Tu alcançaste,
Ganhando, sobre a cruz, a eterna redenção,
Filho de Deus tornaste-me, por adoção.

Desejo ser um filho que a Deus agrada;
E ouvindo a Tua oração resignada:
“Não como eu quero, mas somente a tua vontade”;
Assim ao Pai direi minhas necessidades,

Deixando tudo em Suas mãos tão graciosas,
Mãos divinais, mãos tão bondosas, poderosas,
Que sabem o quando, o porquê e o como dar;
E nunca irão um filho Seu prejudicar.

Ó, Cristo Amado, dolorosa aquela hora,
De derrotar o mal, e tu não foste embora;
E o sofrimento, mais terrível, a Ti imposto,
Foi o Teu próprio Pai, de Ti, virar Seu rosto.

Tua vida pura, sem pecado, imaculada,
Seria no lugar de muitos, condenada,
Seguiu-se o julgamento, a crucificação,
E a vitória da final ressurreição.

Que nesta Páscoa celebremos o Cordeiro,
A quem amamos, mas que nos amou primeiro,
E com pães asmos sem fermento da maldade,
A Deus honremos, bem sinceros, na verdade!

Gilberto Celeti

“E, adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice! Contudo, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39).

“Joguem fora o velho fermento, para que vocês sejam nova massa, como, de fato, já são, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento do mal e da maldade, mas com o pão sem fermento, o pão da sinceridade e da verdade” (1 Coríntios 5:7,8).

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